quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amansando a “fera”

Era de se esperar um dia como outro qualquer, o domingo prometia muita felicidade. Ao chegar na escola dominical encontro um rapaz, membro de nossa igreja, que estava furioso, dizendo praticamente os gritos que exigia uma carta porque iria embora da Igreja.
E eu tentando amansar a fera, que dizia a carta deveria ser providenciada naquele momento, a gente deveria se virar.
Eu dizia com carinho: “rapaz não se age dessa maneira, vamos conversar!” .
Seu semblante era provocador e irreverente, me deixando muito chateado com aquela situação.
Indo para a Igreja no culto à noite eu disse a minha esposa, acho que não tem jeito, o fulano vai sair da Igreja.
Ao chegar e eu me lembro que estava perto do quadro de aviso, e o jovem rapaz já se encontrava no templo, perto do altar. Ele olhou para mim e veio em minha direção. Tive medo naquele momento, eu falei com Deus : “Jesus tem misericórdia, se eu correr vai ficar feio, ponha um freio nele Jesus! ele vai querer brigar comigo agora e não tinha ninguém para me ajudar.
Ele chegou perto, disse o meu nome e me abraçou e chorou, chorava a ponto de suas lágrimas molharem a minha blusa, dizendo entre soluços: “Por favor, me perdoa, me perdoa, eu errei.”.
Confesso que nesse momento eu fui literalmente “quebrado” e desconcertado com a atitude de arrependimento.
Quantas vezes alguém já foi preparado para brigar e ao ouvir um pedido de perdão ficou “desconcertado” e além de perdoar, acabou ficando amigo da pessoa que tinha errado?
Carlos Coutinho

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